segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Filhos? Não obrigada!

No último fim de semana reencotrei alguns amigos. Todos, praticamente, casados e com filho(s). Claro que a pergunta que eu mais respondi foi "e você? cadê os seus?". Não, não tenho filhos. Já pensei sobre o assuntos em diversos momentos da vida, quando tinha 17 e cada dia de menstruação atrasada era motivo para pânico, quando tinha 20 e já casada poderia ser uma nova fase e conquista - mesmo que cedo, agora aos 23 penso que não quero ser mãe, não nos próximos 5 anos.

Vi durante a festa, que reuniu esses amigos, um monte de mulheres lindas e enlouquecidas com suas crianças. Sem tempo para comer, conversar, com horário para ir embora e preocupadas com o vento, com o preço da fralda, com tudo! Fiquei novamente em pânico com a ideia da maternidade.

Uma das mamães de primeira viagem me disse que nunca pensava em ter filhos, mas que agora não imagina como viveu 24 anos sem a sua pequena. Novamente fiquei curiosa para sentir esse amor tão imenso.

Aninha, Letícia, Isabela, Felipe, Atur, todos esses lindinhos vieram ao mundo sem que seus papais planejassem. Todas as mamães engravidaram sem querer e abraçaram essa condição e hoje são felizes com seus filhotes. Talvez seja essa a diferença entre eu e elas, pretendo ter filhos, mas quero desejar muito isso. Quero planejar, abraçar a maternidade e me entregar a ela, não simplesmente ter.

domingo, 13 de setembro de 2009

20 e poucos anos

Quando tinha 15 anos tudo parecia ser para sempre. Os amores eram eternos, o coração partido que doía tanto (ainda mais na TPM), as cartas de amigas, as horas a fio ao telefone divagando sobre como a vida parecia injusta. A saudade dos amigosque me conheciam muito mais do que mesma.

Talvez o nome desse blog, essa expressão que sempre uso, tenha nascido com meus 15 anos. As hipérboles da minha vida estavam acompanhadas de um "pra sempre". Hoje, aos 23, não tenho certeza de nada, cade vez menos o para sempre é latente nas minhas ações. Agora as terminações das frases são outras, tais como "bem que minha mãe disse", "agora eu entendo", "a gente só sabe quando cresce". Para quem passou dos 30, 40, 50, não importa, nossas escolhas, nossa visão do mundo, o grau de paciência e outros fatores importantes para a paz (ou não) de espírito vão mudando a cada década.

A sensação de que o tempo passa (muito rápido) vai ficando cada vez mais nítida. A lembrança gostosa, apertada, assim com olhos marejados, dos inúmeros amigos, colegas, pessoas que nos cercavam aos 15. Das amigas que ficaram no tempo, antes dos 18, das que nos trouxeram até os 23, das que com certeza estarão comigo aos 30, 40, 50.

Enfim, tudo é uma versão do que era. Algumas versões reais, verdadeiras, claras e transparentes, outras com as marcas dos erros que cometi, das pessoas que feri e das que me feriram, das coisas que escondi, das que quero esconder e das que imploro para revelar.

Hoje o que sinto mais falta dos 15 anos é de alguém que me conheça mais do que eu, que me abra os olhos, que me diga verdades mesmo que me magoe, mas que no fim da tromenta ainda esteja lá só para dizer que vai ficar tudo bem.

Com muitas saudades das presenças constantes:

Thais

Giordana

Marcio

Emílio

Carol

Felipe

Débora

Luana

Mônica

Julianne

Vocês sempre me conheceram melhor do que eu!