terça-feira, 30 de junho de 2009

Responsabilidade X Chatice

Já dizia minha irmã do meio: Você é muito chata! Escutei essa frase diversas vezes durante a minha vida e, hoje, me sinto nada culpada por isso, na verdade entendo que ser a filha mais velha e ter a história de vida que tenho me fez ser assim, chata, ou analisando por outro lado, responsável.

Tá, eu sei que às vezes exagero. E sim, também admito que já perdi o controle (poucas vezes) e foi bom, afinal carregar o mundo nas costas é cansativo e muito complicado. Mas, na maior parte do tempo estou sempre alerta. Se for cair, eu seguro; se está caindo, eu pego no ar; se caiu, conserto e sigo em frente.

Atenta ao relógio, não gosto e nem costumo me atrasar, não gosto de deixar ninguém esperando. Sou a primeira a pensar e falar "Isso não vai dar certo", mas evito o "Tá vendo, eu avisei". Se papai mandou chegar às 22h, 21h50 eu estava na porta de casa, mas a recompensa era a chave do carro quando quisesse. Se precisar pagar R$ 5,03, separo R$ 5,10. Acredito fielmente que “prevenir é melhor que remediar”. Gosto de tudo planejado e cumprido. Sou adaptável a muitas situações e tento ajudar. Estou sempre pronta! Isso cansa e não é uma atitude valorizada.

Os irresponsáveis, ou mais "legais" da turma, são assim porque os responsáveis, julgados como chatos, estão sempre arrumando, encobrindo e consertando tudo o que os legais fazem. Se bater o carro - "Tá bom, pode dizer que fui eu". Bebeu muito? - "Ok, fica na minha casa". Tá atrasado? - "Te dou uma carona". Há uma legião de chatos que salvam a pele dos legais. É muito fácil não ter responsabilidade, ou esquecer-se dela, quando se tem alguém para cobrir.

Sou chata e responsável e me orgulho disso. Não bebo (quase nunca) mais do que aguento, sei datas e valores de contas de gás, luz, TV a cabo, vou ao banco, a farmácia, ao mercado, me divirto, dou risada, lavo louça, assisto TV, limpo a casa, danço, malho, como, faço chapinha, e nem por isso deixo os outros na mão.

Então, legais, cuidado porque um dia os chatos podem não estar por perto!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eu sou a história

Hoje, como em muito tempo não sentia, sei que sou parte da história. Estou no meio entre duas gerações, uma que teve o verdadeiro prazer de arrastar por anos a glória de vivenciar Elvis Presley, Beatles, Queen, Madonna e, claro, Michael Jackson; e outra que não tem de que se orgulhar, e amargura a levada EMO e curte NXZero. Culturalmente me sinto órfã. Não vi as estrelas maiores nascendo, mas estou vendo as últimas que restam apagarem.

Ontem fiquei surpreendentemente abalada com a morte de Michael Jackson. Na hora em que ouvi pelo rádio, na Band News FM, que "Michael Jackson veio a falecer, provavelmente, de um ataque cardíaco" fiquei pasma e por, alguns segundos, chocada, sem reação. Chorei. Dentro do ônibus. Nunca fui super fã dele, mas conheço todos os sucessos e estava torcendo pelo retorno do “Rei do Pop” aos palcos. "Putz, logo agora que ele voltaria", pensei.

Um cara polêmico, confuso, que teve holofotes em praticamente toda a sua existência, na vida profissional como um dos melhores e maiores artistas que já se viu, e na vida pessoal, cheia de escândalos. Agora nada disso mais importa, nenhuma mancha vai apagar o que Michael é para a música. Antes dele não teve igual, e depois dele também não haverá.

As roupas, a voz, a dança, ele mudou gerações. A dele, a minha, e toda a sua herança musical viverá para sempre. Sem demagogia, ou saudosismo, mas falando a real. Agora minha visão pessimista, ou realista, só me permite respirar fundo e contar mais alguns anos, ou dias, nunca se sabe, para perder mais. Para ver outros tão maravilhosos como Michael irem embora.

Will You Be There (Michael Jackson)

Me abrace

Como o Rio Jordão

E então eu lhe direi

Você é meu amigo


Leve-me

Como se você fosse meu irmão

Me ame como uma mãe

Você estará lá?


Quando cansado

Me diga se você vai me segurar

Quando errado você vai me dirigir

Quando perdido você vai em achar?


Mas eles me dizem

Um homem deve ter fé

E seguir mesmo quando não dá

Mas eu só um humano!


Todo mundo quer me controlar

Parece que o mundo

Tem um papel para mim

Estou tão confuso!

Você estará lá para mim

E se importar o suficiente para me suportar?



(Me abrace)

(Encoste sua cabeça devagar)

(Suave e corajosamente)

(Me leve até lá)


(Me guie)

(Me ame e me alimente)

(Me beije e me liberte)

(Me sentirei abençoado)


(Me leve)

(Me leve com coragem)

(Me levante devagar)

(Me leve até lá)


(Me salve)

(Me cure e me lave)

(Suavemente me diga)

(Eu estarei lá)


(Me levante)

(Me levante devagar)

(Me leve corajosamente)

(Me mostre que você se importa)


No nosso momento mais sombrio

No meu pior desespero

Você ainda vai se importar?

Você estará lá?

Nas minhas provações

E minhas tribulações

Pelas minhas dúvidas

E frustrações

Na minha violência

Na minha turbulência

Pelo meu medo

E minhas confissões

Na minha angústia e minha dor

Pela minha alegria e minha culpa

Na promessa de um

Outro amanhã

Nunca deixarei você partir

Pois você está no meu coração para sempre.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O que Oprah Winfrey tem a dizer sobre os homens

Não sou fã, nem acompanho o trabalho da Oprah, mas o texto abaixo foi encaminhado pela Ká, e gostei muito.

-Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe.
-Se ele não te quer, nada pode faze-lo ficar.
-Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu
comportamento.
-Permita que sua intuição (ou espírito) te proteja das mágoas.
- Para de tentar se modificar para uma relação que não tem que acontecer.
-Mais devagar é melhor. Nunca dedique sua vida a um homem antes que você
encontre um que realmente te faz feliz.
-Se uma relação terminar porque o homem não te tratou como você merecia,
"foda-se, mande pro inferno, esquece!", vocês não podem "ser amigos". Um
amigo não destrataria outro amigo.
-Não conserte.
-Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque ele está
mesmo. Não continue (a relação) porque você acha que "ela vai melhorar"
-Você vai se chatear daqui um ano por continuar a relação quando as coisas
ainda não estiverem melhores.
-A única pessoa que você pode controlar em uma relação é você mesma.
-Evite homens que têm um monte de filhos, e de um monte de mulheres
diferentes. Ele não casou com elas quando elas ficaram grávidas, então,
porque ele te trataria diferente?
-Sempre tenha seu próprio círculo de amizade, separadamente do dele.
-Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te irritar, faça um
escândalo.
-Nunca deixe um homem saber de tudo. Mais tarde ele usará isso contra você.
-Você não pode mudar o comportamento de um homem. A mudança vem de dentro.
-Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você... mesmo se ele
tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
-Não o torne um semi-deus.
-Ele é um homem, nada além ou aquém disso.
-Nunca deixe um homem definir quem você é.
-Nunca pegue o homem de alguém emprestado..
-Se ele traiu alguém com você, ele te trairá.
-Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
-Todos os homens NÃO são cachorros.
-Você não deve ser a única a fazer tudo... compromisso é uma via de mão
dupla.
-Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. não há nada
precioso quanto viajar. veja as suas questões antes de um novo
relacionamento.
-Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa irá te completar...
uma relação consiste de dois indivíduos completos.. procure alguém que irá
te complementar.. não suplementar.
-Namorar é bacana. mesmo se ele não for o esperado Sr. Correto.
-Faça-o sentir falta de você algumas vezes... quando um homem sempre sabe
que você está lá, e que você está sempre disponível para ele - ele se
acha...
-Nunca se mude para a casa da mãe dele. Nunca seja cúmplice (co-assine) de
um homem.
-Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo o que você
precisa. Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros...
-Compartilhe isso com outras mulheres e homens (de modo que eles saibam).
você fará alguém sorrir, outros repensarem sobre as escolhas, e outras
mulheres se prepararem.
-O medo de ficar sozinha faz que várias mulheres permaneçam em relações que
são abusivas e lesivas: Dr. Phill
-Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para alguém e
se um homem te destrata, é ele que vai perder uma coisa boa.
-Se ele ficou atraído por você à primeira vista, saiba que ele não foi o
único.
-Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções. Faça a escolha
certa.

Ladies, cuidem bem de seus corações...

sábado, 20 de junho de 2009

Derrubaram o mestre

somente um comentário sobre o texto de ontem e a decisão anunciada hoje... Os peões derrubaram o rei. Agora, nos resta torcer para que a tomada do trono seja em prol de mudanças e o cajado do novo comandante pese sobre a cabeça de todos.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quem foi que abateu?

Cena "célebre" do filme O Rei Leão - Timão: "Ele está abatido" e Pumba "Mas quem foi que abateu?". Neste trocadilho infantil me perdi pensando em futebol. Meu time, praticamente especialista em ganhar títulos, acaba de ser eliminado da Copa Santander Libertadores, um dos campeonatos mais importantes para qualquer sãopaulino. Se fosse o puro e simples fato da eliminação tava bom e não teria protesto e parede pichada e nem Muricy chocho na coletiva.

Sou público assíduo de programas esportivos, tanto no rádio quanto na televisão, e já ouvi diversos questionamentos em relação ao desempenho do São Paulo nesse ano. Começou mal no Paulistão e se manteve assim até hoje, eliminado da Libertadores e esboçando um vergonhoso 12º lugar no Brasileirão o time de Muricy Ramalho está assim, como Simba na cena do clássico da Disney, abatido.

E continuando comparação do desenho com a atual situação sãopaulina, eis a pergunta "quem foi que abateu?". Isso ninguém sabe, mas tá na cara que téctico e time estão descontentes, cabisbaixos, desanimados, e o desanimo é tanto que contagia. Não consigo mais assistir os jogos. Patético, apático, dá até sono. Abatido quase que literalmente.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Acho que a desobrigação do diploma de jornalismo não causará tanto efeito quanto polêmica. Uns concordam, outros não. Graças a Deus! O que seria do verde se todos preferissem o amarelo? Abaixo dois interessantes textos sobre o assunto, que claro também expressam a minha humilde opinião. Agora, cada um com a sua conclusão.

DIPLOMA DESNECESSÁRIO

Uma vitória da lógica e da democracia

Por Luiz Antonio Magalhães em 18/6/2009

Não é mais preciso de canudo para ser jornalista no Brasil. Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal julgou na sessão de quarta-feira (17/06) a questão da obrigatoriedade de diploma específico para o exercício da profissão de jornalista. Foram oito votos contrários e apenas um favorável à exigência. Trata-se de uma vitória do jornalismo e da democracia brasileira, reafirmando as teses da liberdade de expressão e do livre pensamento, garantidas pela Constituição Federal.


Este observador já se manifestou sobre o assunto (aqui e aqui, entre outros tantos comentários neste OI ou no blog Entrelinhas) e sempre apoiou o fim da obrigatoriedade do diploma. Antes que alguém pergunte, cabe logo o esclarecimento: jornalista desde 1995, quem assina este texto não tem o diploma específico, é formado em História pela Universidade de São Paulo e abandou, no terceiro ano, o curso de Administração Pública na Fundação Getulio Vargas para abraçar a profissão (opção esta que acarretou algum prejuízo material, certamente). É preciso, portanto, desde logo esclarecer que não se trata aqui de advogar em causa própria, pois ao longo desses quase 15 anos a falta de diploma jamais foi óbice para o trabalho em veículos tão diferentes quanto a Folha de S. Paulo, Correio da Cidadania, PanoramaBrasil, DCI, Valor Econômico, além, é claro, deste Observatório, desde o ano 2000.


A questão da exigência do diploma para exercício do jornalismo é na verdade até simples: a profissão de jornalista dispensa a formação universitária específica porque não existe nenhuma técnica, norma ou regra que não se possa aprender nas redações, trabalhando, ou seja, fora das salas de aula. Há diversas profissões com as mesmas características, além da de cozinheiro, citada ironicamente pelo ministro Gilmar Mendes. Publicitários, músicos, artistas, escritores são alguns assemelhados: é perfeitamente possível realizar o trabalho sem ter aprendido a teoria na escola.


Tudo que um bom jornalista precisa é de talento, curiosidade e vontade de aprender a exercer a profissão, seja na universidade ou no dia a dia de seu trabalho. E de preferência manifestar esta vontade ao longo de toda a sua vida, continuamente.


Salvo exceções, os melhores profissionais acabarão sendo os mais bem formados e para isto só há uma coisa a fazer: estudar bastante. Este observador recomendaria a um jovem que deseja ingressar na profissão que curse qualquer faculdade – pode ser Direito, Economia, Engenharia, qualquer das Ciências Humanas ou até mesmo Medicina, Química ou Matemática. Uma pós-graduação em Comunicação complementaria maravilhosamente a formação, mas isto não é uma necessidade imperiosa.


O fim da exigência do diploma acaba com uma barreira corporativista tacanha, levantada por um sindicalismo medíocre, e não significa em absoluto o fim das escolas de jornalismo. De fato, o fim da exigência não impedirá que muitos jovens continuem cursando jornalismo para ingressar na profissão. Atualmente existem excelentes faculdades de Publicidade e Marketing, embora o diploma não seja obrigatório para o exercício da profissão. Muitos profissionais que se destacam neste meio são recrutados nas universidades. Por outro lado, gente com talento especial e até sem educação formal alguma poderá exercer o jornalismo sem os constrangimentos dos defensores de um canudo que no fundo só servia para a manutenção de seus próprios feudos no meio sindical. Ou alguém imagina, em sã consciência, um sindicato dos escritores lutando pela exigência de diploma específico para a profissão de escritor; um sindicato dos atores tentando impor a frequência em escolas de arte dramática para que seus pares subam nos palcos?


É claro que a Fenaj e as faculdades privadas (ou seriam fábricas de diplomas?) não vão dar a batalha por perdida, certamente vem aí algum projeto de lei estapafúrdio como o do Conselho Federal de Jornalismo para reinventar a obrigatoriedade do diploma. Afinal, ninguém larga a rapadura assim de graça, portanto esta briga ainda vai longe, muito longe.



Tudo somado, porém, a verdade é que o STF tomou a decisão mais acertada. Não que a questão do canudo seja central na discussão sobre mídia e imprensa no país hoje, mas o fim do diploma obrigatório foi bom para o Brasil, bom para o jornalismo, bom para os leitores. O futuro vai mostrar a correção da decisão tomada em uma fria quarta-feira de junho.

Sobre o diploma de jornalismo

Uma análise curta e grossa sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão está no Observatório da Imprensa, em texto de Carlos Brickman, reproduzido abaixo. Este blog concorda com Brickman: exigir diploma para jornalistas é uma bobagem corporativista, nada mais. Tem gente que defende pelo menos a exigência de um diploma universitário de qualquer área apenas para que a profissão seja caracterizada como "de nível superior" e os salários não caiam para o patamar "de nível técnico". Besteira: publicitários ganham (bem) mais do que jornalistas e não existe exigência de canudo algum para o exercício da profissão.


A verdade é simples: para ser jornalista, basta saber escrever e ter curiosidade com o mundo que nos cerca. O resto é firula e se aprende no dia a dia das redações. Tudo isto NÃO significa que o curso de jornalismo seja uma perda de tempo. Pode, sim, ajudar bastante. Melhor ainda é se preparar cursando História,
Economia, Ciências Sociais ou qualquer outra carreira que permita a especialização em algum tema. Estudar é sempre bom, mas a questão central da exigência do diploma é outra: jornalismo, como inúmeras outras profissões (publicitário, escritor, artista, radialista, locutor etc), não é o tipo de trabalho em que o conhecimento específico das técnicas da profissão seja uma cláusula de barreira. Não dá para ser médico sem ter feito faculdade de medicina, mas é perfeitamente possível ser jornalista sem ter feito faculdade de jornalismo e estão aí os cobras da profissão que não me deixam mentir. Divirtam-se com o texto de Carlinhos Brickman, abaixo, que resume a questão com muito mais talento.

O diploma e as orelhas

Aparício Torelly, ou Aporelli, ou o Barão de Itararé, foi um dos grandes humoristas brasileiros. Membro do Partido Comunista (na ilegalidade), e sabendo que a truculenta polícia política poderia invadir sua redação, colocou na porta um cartaz histórico: "Entre sem bater". É dele também a frase definitiva: "Diploma não encurta a orelha de ninguém".

O debate sobre o diploma de jornalista parece partir do princípio de que, obtido o diploma, as orelhas se reduzem e o cavalheiro pára de zurrar. Gente como Ricardo Kotscho, como este colunista, como Boris Casoy, como Eduardo Suplicy, como Joelmir Beting, sem diploma de jornalista, está condenada à mais profunda ignorância. Se souber duas línguas, uma será o zurro; outra, o relincho.

O Brasil teve normas regulatórias antes de ser um país; teve censura antes de ter imprensa. Talvez por isso, imagina-se que uma profissão, não sendo amparada por um diploma, será forçosamente mal exercida. Só que não será, não: pode-se perfeitamente trabalhar em jornal sem um papel assinado – e assinado por gente que, muitas vezes, jamais deu a honra de sua presença numa Redação.

Diploma de jornalista não é ruim: é bom. Pode ser ótimo. É desejável. Mas não é essencial. E nem vamos entrar naquela conversa mole de que os patrões querem abrir o mercado para pagar menos. Patrão, por definição, sempre procura pagar menos. E os exemplos citados, de jornalistas sem diploma, sempre estiveram entre os maiores salários das redações em que se engajaram.

Talvez o motivo da luta pelo diploma seja outro, mais feio: a reserva de mercado. Porque, não haja dúvida, as empresas sempre vão procurar os profissionais que julgarem mais competentes; e, se não houver lei, rigidamente fiscalizada, com penas severíssimas, escolherão os melhores, com diploma ou sem ele.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Dias e dias

Todos temos dias bons, em que o despertador parece não "gritar" tanto, em que o ônibus não atrasa e nem está tão cheio, aqueles dias que você pode até acordar de mau-humor, mas que na verdade acaba se alegrando por não ter motivos para alimentar essa irritação. Nesses dias o trabalho flui, como você, provavelmente, dormiu bem, não fica em câmera lenta, tudo funciona.

Em outros dias tudo trava. O mau-humor é maior, mais intenso, e como nada está no lugar, os motivos para aumentar o estresse também crescem. Não quero especificar todos os itens que podem acabar com o dia de alguém, mas posso citar um que talvez seja o mais grave. Uma pessoa.

Sim, aquela pessoa que te ve meio torta, meio pra baixo, meio, e ainda faz de tudo para acelerar o processo de descontentamento. Aí você soma todos os fatores (noite mau dormida + mau humor matinal + ônibus atrasado + trânsito + tendinite + e a pessoa) e explode. E o que mais irrita mesmo é saber que depois de uma discussão você está chateada e nem tinha tanta necessidade de estar. Aí a revolta vira toda contra você ("ptz como fui burra", "não precisava ter me estressado", "agora também já foi", "ainda tô puta") são pensamentos que rodeiam a nossa cabeça o dia todo. Ou seja, o dia realmente acabou, porquê nada, por mais especial, nele vai tirar toda essa turbulência da sua mente.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Games

Sou da geração Atari (vide imagem no fim do texto). O videogame mais moderno que eu curti, ainda criança, foi o Mega Drive 16 BIT (foto abaixo). Fiquei com cara de boba no último feriado quando, num churrasco na casa da minha mãe, minha irmã ligou o Nintendo Wii (foto também). Movimento real em controle remoto sem fio, como assim???

Não sou uma analfabeta tecnologica, como diz a Flá, mas já achava muito ter um jogo em CD (só conhecia fita - foto aí no fim) quando joguei Resident Evil no primeiro PlayStaion, que já está mais que superado. E com tanta modernidade e wireless, e coisas high tech, ainda prefiro jogar Wolfenstein 3-D, no PC, (imagem abaixo). Um dos primeiros joguinhos que ti
ve contato e adoro até hoje.

Atari


MegaDrive 16 BIT

Nintendo Wii

Wolf3D

Fita - Sonic 2 para MegaDrive

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Piadinha - O menor conto de fadas do mundo

O MENOR CONTO DE FADAS DO MUNDO

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:

- Você quer casar comigo?

Ele respondeu:

- NÃO!!!!

E a moça viveu feliz para sempre! Foi viajar, vivia fazendo compras, tinha roupas, sapatos e bolsas maravilhosas, conheceu muuuuitossss outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, trocou de carro, redecorou sua casa, sempre estava sorrindo, de bom humor e com a pele boa, pois não tinha sogra, não tinha que aguentar mau humor de homem, não tinha que lavar, passar, nunca lhe faltava nada, bebia vinho com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.

O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois nenhum homem constrói nada sem uma mulher.

O grande amor da minha vida

Já conhecia essa pessoa há um bom tempo, sempre tive relações íntimas e conflituosas com ela, mas nunca tinha percebido o quanto essa pessoa é importante para mim. Descobri que ela (a pessoa) é o grande e verdadeiro amor da minha vida. E que a melhor sensação do mundo é amá-la. Essa pessoa sou EU!



Sim, descobri que eu me basto, que a melhor companhia sou eu mesma, que ninguém merece mais o meu amor profundo e intenso do que eu mesma! E isso é mágico! Agora sei que não preciso de nada e nem ninguém, e que não há nada mais precioso do que o meu amor próprio.

E o fato de não precisar de ninguém me dá oportunidade de querer estar perto das pessoas, gostar dos meus amigos, familiares, marido, colegas, sem a obrigação de me doar. Gosto de graça, sem precisar, mas com sinceridade. E mostrando aos meus o que em mim é mais valioso, o meu amor.

Há pessoas mais bonitas do que eu, mulheres mais gostosas, com cabelos e peles mais macios, mas não há ninguém melhor que EU.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ironic

Irônico (Alanis Morissette)

Um homem velho fez 98 anos

Ganhou na loteria e morreu no dia seguinte

É uma mosca preta em seu Chardonnay (nome de um vinho)

É o perdão no corredor da morte, 2 minutos atrasado

Isso é irônico, não acha?

(Refrão)

É como chuva no dia do seu casamento

É uma passagem de graça, quando você já pagou

É o bom conselho que você não aceitou

E quem teria imaginado... isto acontece

O Sr. Precavido estava com medo de voar

Ele arrumou sua mala e deu um beijo de adeus em seus filhos

Ele esperou a vida toda para pegar aquele vôo

E enquanto o avião caía, ele pensou

"Bem, isso não é bom..."

Isso é irônico... você não acha?

(Repete Refrão)

Bem, a vida tem um jeito engraçado de aprontar com você

Quando você pensa que tudo está O.K. e tudo está indo bem

E a vida tem um jeito engraçado de te ajudar quando

Quando você pensa que tudo está dando errado e tudo explode

na sua cara

Um engarrafamento de trânsito quando você já está atrasado

Um sinal de "proibido fumar" no seu intervalo para o cigarro

É como dez mil colheres

quando tudo o que você precisa é de uma faca

É encontrar o homem dos meus sonhos

E então encontrar a linda esposa dele

E isso é irônico... você não acha?

Um pouco irônico demais... eu acho...

(Repete Refrão)

A vida tem um jeito engraçado de aprontar com você

A vida tem um jeito realmente engraçado de te ajudar

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Nova - ??

Tenho a sorte ou o azar de trabalhar com comunicação. Na agência tenho contato com muitos títulos diferentes. Publicações segmentadas, abrangentes, específicas, enfim, diversos veículos de comunicação para pesquisa, e no meio desse trabalho, sempre vejo matérias e artigos que chamam a atenção.

Já discuti em sala de aula, ainda na faculdade, e agora retomo o pensamento de que as revistas femininas estão cada vez mais deturpando a imagem da mulher. Hoje, principalmente a NOVA, tras em suas páginas praticamente um manual de como ser uma vagabunda. Calma! Vou me explicar. Não sou tão puritana em achar que sexo é somente para procriação, longe disso, mas não julgo normal o rótulo de super mulher - magra, gostosona, sexy, que quase não tem sentimentos afetivos com quem se relaciona sexualmente, faz de tudo na cama para agradar o parceiro, divide a conta e ainda não borra a maquiagem nunca.

Claro que toda mulher tem que se valorizar, mas pelo que é, não pelo padrão imposto pela sociedade. "Veja como enlouquecer um homem na cama" não é mais bacana do que "Master, super, ultra, prazer a dois". Dividir e multificar são funções contrárias e unem números, orgasmos e seres humanos.

Sexo casual pode ser legal, quando é casual, não quando você "aprende" a montar uma armadilha na cama para ter o "homem" para sempre. Isso é estimular a insegurança quase insana das mulheres. Ora, já somos muito complicadas para nos preocuparmos em com qual brinco sairemos a noite para combinar com a cor da parede do motel!

Simplicidade é coisa de homem, então, as vezes um toque masculino pode deixar o "bofe" mais amarrado do que um milhão de detalhes, que muito provavelmente, ele nem irá reparar. Isso revista nenhuma ensina!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

P&B - Meu maravilhoso mundo em preto e branco

Pessoas nas ruas, cobertas até as orelhas, se escondendo do frio e de si mesmas - de suas vidas medíocres, miseráveis e sem amor! São cachorros mancando, cheios de pulgas e sarna, sedentos por um pouco de resto - resto de carinho, resto de comida, resto de respeito. Pelas vielas e becos muitas sombras, dinheiro "picado", papelotes indo e vindo e destruição.


A realidade as vezes me assusta. Não a minha. Mas, quando consigo um tempinho para olhar pela janela do mundo e ver além do diâmetro que vivo, percebo o quão podre o mundo se tornou. Muita inveja, pouco senso, egoísmo, quase nenhum valor. Não vivo no País das Maravilhas, mas me permito viver a minha vida, ter os meus problemas, seguir o meu caminho, sem alvejar pedras na vida de ninguém.



No corberto xadrez do mendigo um tabuleiro, um caleidoscópio. A feiura instantânea, a paisagem cinza, poluída e sólida. A fria e dura realidade de quem não foi parar no cinema pelas mãos de Fernando Meirelles, José Padilha. É assim que o mundo me parece, com toda desgraça e improviso do brasileiro: um longa em preto e branco.



terça-feira, 2 de junho de 2009

Hand in my pocket

E o frio chegou. Casacos de lã, de couro, grossos, com gorros, de todas as cores e modelos começam a desfilar os top models de nariz e bochechas avermelhadas pela baixa temperatura. Nunca gostei de frio, não gosto de muita roupa, parecendo um robo, não gosto de meias e calças e ainda sentir frio.





Com as mãos nos bolsos o sono fica mais intenso, a preguiça, a vontade de se enrolar numa coberta felpuda e ficar ali sem mexer. Dizem que o frio é mais elegante, une as pessoas, besteira, o frio só nos faz comer mais para aquecer o corpo.


Só tem uma coisa boa pra se fazer no frio, e não é o que estão pensando, é dormir. Nem o sexo é bom, imagina aquela mão gelada nas suas costas??? Sem chance! risos! E haja chocolate quente, chá, café, sopas e caldos.